VOLTAR AO MOSTEIRO.

Voltar ao mosteiro.

Gilberto B. da Cunha

Psicólogo CRP 07/ 21456

James Hunter tornou-se um famoso escritor quando publicou o seu livro “O Monge e o executivo”. Vendeu milhões de exemplares. Nesta obra James descreve a inserção de alguns empresários ao mosteiro onde um monge lhes ensinará sobre os segredos da liderança. A princípio são empresários com dificuldades no mundo dos negócios e na vida pessoal. Precisam se encontrar com o que fazem e com o que são.

Depois de algum tempo no interior do mosteiro e muitas aulas sobre liderança o grupo se vê munido de informações suficientes para retomar as rédeas das empresas. Agradecidos voltam ao mundo do trabalho. Entre as combinações está a de que dois anos depois voltariam a se encontrar para uma avaliação da vida e dos desafios impostos pela lida do trabalho.

A volta não é pacifica como alguns deles imaginaram. Certos de que tinham as informações suficientes para liderar os seus companheiros de trabalho percebem que há mais coisas a aprender. Nem tudo foi possível de aplicar, há coisas que precisam ser revistas, há muitos fatos novos que podem surgir nas relações pessoais no mundo empresarial. Diferente da primeira vez que pisara no mosteiro, a segunda foi mais difícil, estavam tomados por um sentimento de fracasso.

Para quem gosta de ler sobre lideranças e empresas os livros de James Hunter ajudam a repensar as nossas atitudes frente à vida e ao trabalho. E, às vezes, é preciso muito mais do que uma inserção ao mundo do saber. Na verdade aprende-se sempre. No caso dos livros de James o segundo livro é mais contundente, mais desafiador porque trata justamente dos limites que encontramos quando achamos que já temos conhecimento suficiente sobre a vida e sobre as nossas relações com as pessoas.

Voltar ao mosteiro é fundamental para quem quer aprender mais sobre a vida que se renova a cada momento. Mas, corremos o risco de nos defrontarmos com os tortuosos caminhos de nossa vida profissional que de certa forma está estreitamente ligada ao que somos e não percebemos...