Nós já sabíamos...
Gilberto B. da Cunha
Psicólogo CRP 07/ 21456
Para a minha geração, honestamente, o avanço da tecnologia não é surpresa. Em tempos de televisão em preto e branco já projetávamos um futuro bem diferente. A nossa imaginação era capaz de produzir um mundo bem a frente daquele que estávamos vivendo. Aos que pensam que o que vemos hoje nos surpreende estão enganados. Naquele tempo, no tempo de nosso tempo, já éramos muito capazes de entender um mundo bem diferente.
Víamos filmes em que éramos capazes de explorar o espaço e sobreviver no fundo do mar. Tínhamos a nítida convicção de que no futuro haveriam ciborgues e que poderíamos usufruir dos imensos benefícios da ciência que na época já dava largos espaços. Tínhamos ideias da existência da inteligência artificial, dos computadores e das microcirurgias. A televisão da época servia de instrumento dos profetas da ciência.
Aos jovens de hoje que pensam que tudo é novo um aviso: já sabíamos, o começo foi nosso! O que estamos vendo hoje chegou nas cores preto e branco e nós vimos chegar o colorido das telas e os avanços da tecnologia. Fomos o beabá do alfabeto que existe hoje. Fomos a matéria-prima que impulsiona a admirável tecnologia que existe agora. Mas, o que não conseguimos ensinar aos de hoje é que a poesia e a ciência devem estar juntos, as duas devem caminhar lado a lado porque tecnologia sem poesia é um perigo. Alguns já estão entendo que quando a ciência dialoga com a poesia as descobertas se tornam mais leves, menos traumáticas…
NÓS JÁ SABÍAMOS...
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Formas de Vida • Psicologia e Literatura
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fevereiro 04, 2021
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