A cigarra e a formiga
Psicólogo CRP 07/21456
Foi uma das primeiras histórias
que li, eu estava no segundo ano do primário. Era um livro de capa verde e que
tinham dois personagens centrais: Olavo e Élida. E, havia páginas destinadas
para histórias que nos ajudavam a refletir sobre a vida. Depois de ler essas
histórias, a professora fazia uma roda com as cadeiras e contribuímos com a
nossa parte expressando os nossos pensamentos. O nome da professora era Alérica
Lemos!
Um dia, lemos a história da
cigarra e da formiga. A cigarra passava o verão todo cantando, encantada com os
seus cantos não trabalhava. E a formiga trabalhava no forte do sol,
preparando-se para os tempos difíceis. Então veio o inverno e as formigas
tinham o seu ninho seguro, não passavam frio e poderiam suportar os ventos e as
chuvas. As cigarras, ao contrário, não tinham se preparado para o inverno e
morreram de frio. E então vinha a moral da história...
Tempos depois, refletindo melhor
a história, descobri outras coisas mais leves sobre essa pesada história que
coloca o canto como algo perigoso e o exagerado trabalho como garantia do
futuro. A verdade é que: cantar não é pecado, mas nem sempre é tempo de cantar.
Trabalhar é preciso, mas temos o direito de descansar (e cantar). Para cada
coisa há um tempo, conforme as necessidades. Podemos cantar, faz bem, devemos
trabalhar, é necessário.
O objetivo dessa fábula é construir
uma crítica à preguiça. No entanto, também é possível identificar uma crítica a
atitudes desumanas como à representada pela postura das formigas em não prestar
ajuda à cigarra. Mas, façamos justiça aqui: nem a cigarra e nem a formiga são
tudo o que dizemos dela nessa fábula. O importante é saber que podemos cantar e
devemos trabalhar porque nem todos os dias são dias de sol e nem todos os dias
ventam e chovem...
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