Pense na caixinha...

Gilberto B. da Cunha
Psicológo CRP 07/21456

    A vida está dura para muita gente. Não obstante os contrários, há poucos empregos. E, trabalha-se muito e ganha-se pouco. Os que vivem essa realidade sabem do que estou falando. Já vivi momentos assim. Há quem diga que vivemos num paraíso, enganam-se os que pensam assim. Vivo do lado de cá, conheço os do lado de lá. Os que um dia estavam cá e foram para lá, desconhecem o sacrifício dos que ficaram cá. Assim é a vida!
    Pois, tenho um amigo que é preparado, um baita profissional, mas a vida não tem sido fácil para ele. Então está labutando em mares desconhecidos. Já aprendeu a nadar nas águas agitadas do novo planeta. Vai vencer, sabe como lidar com as tempestades. Mas, isso não o impede de limpar o suor e refletir as dores do seu mundo. Normal refletir e chorar as suas agonias, é humano e, por isso, compreensível.
    Mas, de alguma forma, Deus sempre dá um jeito, um alento, uma lufada de esperança que surge na fresta da janela ou então apenas uma caixinha (de gorjeta). O salário é pouco, dá apenas para o gasto, uma viagem nem pensar. Então eu sempre digo para o meu amigo, quando ele está ensaiando uma crise: “fulano, mira na caixinha da gorjeta”. Dali sempre vem um “algo mais”, um fôlego a mais, um estímulo. Pode ser pouco, mas é sempre algo a mais.
    E as nossas conversas terminam sempre mirando aquela caixinha das gorjetas que pode trazer um pouquinho mais, aquele pouquinho que pode fazer a diferença. Nela se esconde um pouquinho de esperança que se renova em cada instante.
    Mira a caixinha!!
    Mira a caixinha!!!
    Mira a caixinha!!!!...
    As coisas poderiam ser piores se nao existissem as caixinhas...

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